Documentário "Mulheres com Lata"
O documentário “Mulheres com lata” regressa ao Museu Francisco de Lacerda no próximo dia 25 de setembro, pelas 20 horas.
“Mulheres com lata” é uma homenagem às mulheres da indústria conserveira na Vila da Calheta, e não só, é também o resultado de um trabalho exaustivo de recolha e preservação de memória e identidade jorgense. Um trabalho fabril árduo, silencioso e desconsiderado, mas que contribuiu para a emancipação feminina jorgense, proporcionando novas oportunidades a muitas mulheres e às suas famílias. O documentário foi uma iniciativa do Município da Calheta, com produção da Comunicar Atitude, realização e autoria de Sandra Cristina Sousa, e cofinanciado por Fundos Europeus – MAR2030, Governo dos Açores e Portugal2030, através da ADELIAÇOR.
Esta exibição surge no âmbito das Jornadas Europeias do Património 2025, com o tema Património Arquitetónico: Janelas para o Passado e Portas para o Futuro. A indústria conserveira marcou arquitetonicamente a Vila da Calheta, nomeadamente o seu centro com a antiga Fábrica de Conservas da Marie d’Anjou, hoje Museu Francisco de Lacerda. Num espaço renovado, continuamos a homenagear e a apresentar o património imaterial – a presença feminina na indústria – associado a esta arquitetura industrial.
Jornadas Europeias do Património 2025: Janelas para o Passado e Portas para o Futuro
“Património Arquitetónico: Janelas para o Passado e Portas para o Futuro” constitui-se como uma oportunidade de reflexão sobre a diversidade da paisagem arquitetónica que molda a identidade cultural da Europa. Este tema é particularmente significativo, uma vez que coincide com o 50.º aniversário do “Ano Europeu do Património Arquitetónico”, em 1975, uma iniciativa do Conselho da Europa que desempenhou um papel crucial no reconhecimento do património arquitetónico como um elemento fundamental para melhorar a qualidade de vida e fazer avançar os esforços de preservação em todo o continente.
A arquitetura é mais do que uma mera necessidade funcional - é um testemunho de mestria artística e técnica, um símbolo de identidade cultural e um portador de memória histórica. O tema de 2025 destaca, assim, o vasto espetro da arquitetura europeia, desde os grandes monumentos urbanos e marcos históricos até às estruturas vernaculares rurais que incorporam as tradições e o artesanato locais. Ao colocar a tónica nestas estruturas, a iniciativa pretende sublinhar a importância de preservar e valorizar o património arquitetónico em todas as suas formas.