12 meses, 12 peças: julho
✨ 12 meses, 12 peças: julho✨
Cornetim
Aerofone de bocal com três pistões. Nas partituras de princípio de século, os papéis mais virtuosos eram escritos para o Cornetim, ficando a Trompete com as secções de “fanfarra”, onde a menor complexidade técnica aliada ao som mais estridente, complementava a voz do cornetim. Este exemplar é da marca Excelsior, vendido pela Casa Guimarães e apresenta gravações na campânula que, sendo meramente decorativas, são demonstradoras da importância dada ao instrumento, e ao instrumentista, dentro do agrupamento.
Contexto histórico: As bandas filarmónicas têm uma importância no quotidiano sociocultural das populações de São Jorge, participando ativamente nas festividades, comemorações e na maioria dos momentos mais marcantes da ilha, tanto religiosos como profanos.
Em 1854, surge a primeira banda, através da intervenção do Senhor José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa, que patrocinou a sua fundação e aquisição do primeiro instrumental da Filarmónica União Popular, da Ribeira Seca. Uma década após a formação da primeira banda, surge a Filarmónica União, nas Velas, assim como da Recreio Calhetense, na Vila da Calheta.
A partir desta data, iniciou-se um processo de expansão das bandas filarmónicas por toda a ilha, com o intuito de ensinar música, mas também como forma de lazer e de afirmação de uma localidade.